FAQ

O que são as Città Slow (Cidades Slow)?

O Slow Food encoraja o crescimento do movimento das Città Slow, um grupo autónomo de vilas e cidades determinadas a melhorar a qualidade de vida dos seus habitantes, particularmente no que diz respeito à alimentação. As Cidades Slow aderem a uma série de diretrizes para torná-las mais agradáveis para viver, como fechar o centro da cidade ao trânsito um dia por semana ou adotar políticas estruturais para conservar as características da cidade. As Cidades Slow procuram preservar o patrimônio gastronómico, criando espaços e ocasiões para o contacto direto entre consumidores e produtores de qualidade. As Cidades Slow estão por toda parte, da Noruega à Austrália, sendo várias dezenas só na Itália.

Em Portugal temos quatro cidades Slow, todas no Algarve: Lagos, S. Brás de Alportel, Silves e Tavira.
 

O Slow Food é sinónimo de orgânico?

O Slow Food é a favor dos princípios nos quais se baseiam a agricultura orgânica, como promover a agricultura que tem um menor impacto no meio ambiente e a redução do uso dos pesticidas no mundo. No entanto, o Slow Food defende que a agricultura orgânica, quando praticada em larga escala, é muito similar ao sistema convencional de cultivo de monocultura e, consequentemente, a certificação orgânica por si só não deve ser considerada um sinal de que o produto é produzido de forma sustentável. Apesar de muitas das Fortalezas praticarem técnicas orgânicas, poucas delas estão certificadas devido aos elevados custos da certificação. Para se tornarem uma Fortaleza os produtos têm que ser concordantes com o conceito de agricultura sustentável e, além disso, o Slow Food trabalha para garantir que estes sejam tradicionais, naturais, seguros, e - acima de tudo - de grande qualidade organolética (com ricas qualidades de cheiro, sabor, textura e aspectos visuais). É um objetivo da Fundação para a Biodiversidade nos próximos anos promover (e financiar, onde possível) a certificação dos produtos das Fortalezas,  visto que a certificação pode expandir mercados ou representar aumento de renda para as comunidades produtoras.

 

Qual é a posição do Slow Food em relação aos transgénicos (organismos geneticamente modificados)?

Ainda que não se oponha à pesquisa científica nas universidades e entidades públicas, o Slow Food opõe-se à comercialização e cultivo de sementes de organismos geneticamente modificados (OGM ou transgénicos). Hoje pode-se transplantar um gene de uma espécie para outra, mas ainda não se pode prever ou conter os resultados disso, criando uma ameaça à nossa biodiversidade natural e agrícola.
Outro problema do cultivo de transgénicos (OGM) é a tendência a privar os agricultores da sua liberdade de escolha dos produtos a cultivar. Quando o pólen dos campos de OGM viaja quilómetros e poliniza os campos de cultivo convencional ou orgânico, os agricultores involuntariamente investem capital e trabalho na colheita de culturas que não plantaram. O Slow Food defende que todos os produtos contendo ingredientes transgénicos devem ser devidamente rotulados, permitindo aos consumidores fazerem uma escolha consciente do que apoiam e ingerem.

 

Como o Slow Food é financiado?

A associação internacional obtém a maioria dos seus fundos das quotas associativas. As receitas do Salone del Gusto e de outros eventos internacionais garantem uma parte dos fundos, a venda de livros e produtos promocionais também contribui para o financiamento do Slow Food. As sete Associações Nacionais do Slow Food recebem uma parte da quota associativa e obtêm fundos adicionais de outras fontes tais como patrocinadores e instituições. O Slow Food Itália é a Associação Nacional mais antiga, com uma angariação de fundos melhor organizada, incluindo a Slow Food Editore com fins lucrativos. Outra subsidiária do Slow Food Itália igualmente com fins lucrativos é o Slow Food Promozione, que organiza os grandes eventos do Slow Food, vende espaço publicitário nas publicações e procura patrocinadores que condizem com a filosofia do Slow Food. O Slow Food Editore e o Slow Food Promozione, tomando como base os estatutos, investem todo o lucro nas associações.
 

O Slow Food tem regras quanto à captação de fundos e patrocínios?

Sim. Na base das regras para captação de recursos do Slow Food está o desejo de criar parcerias de longo prazo com os patrocinadores, baseadas num entendimento mútuo e filosofia partilhada. Os patrocinadores não podem desenvolver atividades que entrem em conflito com a filosofia do movimento, e o Slow Food reserva total autonomia no que diz respeito aos patrocinadores - estes não influenciam nas escolhas ou atividades da associação.

Para onde vai a minha quota associativa?

As quotas associativas são repartidas entre os Convivia e os vários departamentos da sede internacional do Slow Food, que proporcionam os benefícios dos associados. Em nível local, é usada para planear as atividades dosConvivia. A sede internacional usa os fundos para produzir a revista Slow e contribui para os projetos da  Fundação Slow Food para a Biodiversidade Após a constituição de uma Associação Nacional, a percentagem da quota dirigida ao Centro de Serviços dos Associados é encaminhada para a delegação nacional.
 

Posso usar a logomarca do Slow Food nos meus produtos ou restaurante?

Não, a logomarca do Slow Food é uma imagem de marca registrada e apenas pode ser utilizada quando relacionada com a associação nacional, internacional do Slow Food e em eventos dos Convivia.

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